Projeto prevê diminuir a exposição ao gás benzeno em postos de combustível
Um projeto de lei de autoria do vereador Pedro Tourinho (PT) foi amplamente discutido em debate público na Câmara Municipal na última semana: o objetivo do PL280/14 é proibir os postos de combustíveis de abastecerem os veículos após ser acionada a trava de segurança da bomba de abastecimento. A medida, segundo Tourinho, diminui a exposição do frentista e de quem abastece o carro ao gás benzeno que sai do tanque. “O gás benzeno é uma substância reconhecida por sua alta toxicidade e não existe um nível seguro para exposição a ele”, ressalta o vereador.
O benzeno é um gás mais pesado do que o ar, sendo assim, qualquer vazamento do vapor desce e se concentra onde há circulação de pessoas. No caso dos frentistas, ele se acumula exatamente onde os trabalhadores abastecem os veículos. “O benzeno é uma substância cancerígena e se acumula nas células gordurosas, podendo causar alteração no sangue e na medula óssea” esclarece Arline Arcury, da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho – Fundacentro.
“Imagine uma mulher frentista grávida exposta a isso? Essa lei proposta pela Câmara de Campinas é uma forma de prevenir e preservar a saúde de quem tem contato com o benzeno”, diz Telma Maria Cardia, da Secretaria da Mulher da Federação Nacional dos Frentistas.
Para Emílio Martins, vice-presidente do Sindicato Varejista de Derivados do Petróleo de Campinas e Região (RECAP), “a lei é extremamente importante e é unânime”. “Tanto entre os empresários donos de postos de gasolina, quanto entre os trabalhadores e sindicatos”, reforça. Neste sentido, de legislar a respeito da exposição ao gás benzeno, também tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei de autoria do Deputado Estadual petista Marcos Martins, que também esteve presente no debate.
Texto e foto: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas